Mesmo tendo ainda alguns resultados internacionais pífios, como o da Copa América (Pré-Mundial sub-18 masculino), que aconteceu recentemente nos Estados Unidos, culminando com a nossa não classificação para o Mundial da categoria, como também o da nossa seleção adulta masculina que teve que comprar a vaga para disputar o Mundial de Basquete na Espanha, é notório que o basquete brasileiro voltou a viver um novo e bom momento. Diversas ações nos últimos anos fizeram com que nossa modalidade voltasse a ter espaço na mídia esportiva, coisa que havíamos perdido durante algum tempo, principalmente na imprensa televisiva. Hoje, podemos afirmar que investir e patrocinar algum clube de basquete do Brasil não deixa de ser um bom negócio. Sei que precisamos melhorar ainda mais a gestão do basquete brasileiro, a Confederação Brasileira de Basketball (CBB) precisa investir muito mais no trabalho de preparação de nossas seleções de categorias menores, mas vejo que mesmo a passos lentos estamos melhorando gradativamente.
Agora, uma coisa é certa, as diversas competições que são promovidas atualmente, tanto pela CBB, LNB (Liga Nacional de Basquete) e as Federações, vêm proporcionando aos clubes brasileiros uma ótima opção na busca de novos parceiros, patrocinadores e investidores em diversas regiões de nosso país. Atualmente, na categoria adulta, acontece a Copa Sul, Sudeste, Norte, Nordeste e Centro-Oeste, terminando com a Super Copa Brasil, competições que são promovidas pela Confederação Brasileira de Basketball, que promove também diversos campeonatos brasileiros de base. A LNB (Liga Nacional de Basquete), entidade recém-criada pelos clubes, promove o NBB (Novo Basquete Brasil), a Liga Ouro e a Liga de Desenvolvimento de Basquete. São eventos que deixam nossa modalidade muito mais atrativa, competitiva e com muita visibilidade durante toda temporada. Temos algumas cidades do país que “respiram” basquete, aqui em São Paulo o que estamos vendo a cada temporada são ginásios sempre lotados, com torcidas organizadas e um grande apelo popular. Como exemplo posso citar as cidades de Franca, Bauru, Limeira, Mogi das Cruzes, São José dos Campos e Sorocaba. A prova mais nítida de que o basquete voltou a ser atrativo são os jogos que acontecem aqui na Capital nos ginásios do Palmeiras, Paulistano e Pinheiros, que antigamente eram assistidos por apenas algumas “testemunhas”, mas que nos últimos anos também estão jogando com ginásios lotados. Enalteço sim, nosso basquete, porque sempre acreditei ser um excelente produto para ser vendido, principalmente quando se busca retorno de mídia e de marketing.
Os números apresentados no final de cada temporada comprovam minha tese, confirmando as previsões que o basquete brasileiro sempre foi um canal excepcional para as empresas divulgarem suas marcas e produtos. Em nosso país temos seis canais de televisão fechado que fazem a cobertura das atividades desenvolvidas no basquete brasileiro ou internacional: Band Sports, ESPN, ESPN-Brasil, SPORTV, SPORTV-2, SPORTV 3 e FOX Sports 1 e 2. São emissoras essencialmente esportivas, que investem de maneira significativa no esporte, formadas por profissionais e jornalistas de muita capacidade e credibilidade, que mesmo dando ênfase maior ao futebol, sempre colaboram e apóiam as diversas atividades do basquete brasileiro. Destaco ainda a cobertura que a Rede Globo de Televisão e o SPORTV vêm dando ao NBB, fazendo com que o basquete volte a ser uma das principais modalidades esportivas do Brasil. Citei acima apenas alguns exemplos de como podemos usar o basquete como um bom retorno de divulgação e investimento, mas temos também alternativas importantes, como por exemplo, os sites oficiais dos clubes, os sites especializados em basquete, da CBB, da LNB, das Federações e das diversas Ligas existentes em nosso país.
Finalizando, acredito que este é o melhor momento para as empresas investirem no esporte. Seremos sede da Olimpíada de 2016, portanto, estou convicto que nossos empresários e também nossos políticos, passarão a entender que todo dinheiro gasto no esporte não será mais encarado como despesa, mas sim, como investimento, ou melhor, um bom investimento para construção de uma nação de primeiro mundo e um futuro melhor para nossas crianças e nossa juventude.
Marco Antonio Aga